terça-feira, 3 de junho de 2014

Os fatos que Darwin observou II

  Os tentilhões, aves das diferentes ilhas do arquipélago de Galápagos, têm uma estrutura básica comum, mas diferem quanto à forma do bico. Nota-se que as formas dos bicos estão relacionadas ao tipo de alimentação: sementes, cactos ou insetos.

 A principal contribuição de Darwin é a ideia de evolução por meio da seleção natural. Detalhes dessa ideia estão resumidos a seguir.
  • Os indivíduos de uma população apresentam diferentes características, ou seja, variabilidade. Em determinadas condições ambientais, uma característica fará com que o indivíduo que a possui tenha maior chance de sobreviver e de se reproduzir que os demais indivíduos da população.
  • Esse processo de seleção das características presentes nos indivíduos da população é natural, ou seja, é determinado pelo ambiente. Após o processo seletivo, a característica vantajosa poderá ser encontrada em mais e mais indivíduos, até que todos os exemplares da população a tenham.
  • A essência do processo de seleção é a limitação do ambiente. Por exemplo, se não tiver alimento suficiente para todos os indivíduos da população, apenas aqueles que apresentarem as características mais adequadas (como enxergar mais longe, serem mais velozes etc.) irão se alimentar e sobreviver até a idade de se reproduzir nesse ambiente.

Os fatos que Darwin observou

  Em 1835, o navio Beagle Chegou ao arquipélago de Galápagos. Darwin ficou impressionado com a enorme variedade de seres vivos e deduziu que a vida deveria estar sempre mudando ou evoluindo, originando essa grande variedade. Isso o levou a duvidar da ideia vigente na época de que os seres vivos não se modificavam desde sua criação.
  Darwin, retornando à Inglaterra, estudou as amostras que coletou e as anotações que fez a bordo do Beagle, em especial, as referencias arquipélago de Galápagos. Observou que havia variações entre as populações de uma mesma espécie, nas diferentes ilhas, e que as condições do ambiente de cada ilha também variavam.
  Alguns exemplos são as tartarugas e os tentilhões como mostra nas imagens:


Família


Larmasquismo

lamarckismo foi uma teoria proposta no século XIX pelo biólogo francês Jean-Baptiste Lamarck para explicar a evolução das espécies. Lamarck acreditava que mudanças no ambiente causavam mudanças nas necessidades dos organismos que vivem nesse ambiente, o que causava mudanças no seu comportamento.1 O Lamarckismo baseia-se em duas leis, descritas por Lamarck no livro Philosophie zoologique:
  • "Primeira Lei": Uso e Desuso – órgãos utilizados constantemente tendem a se desenvolver, enquanto órgãos inutilizados podem sofrer atrofia;
  • "Segunda Lei": Transmissão dos caracteres adquiridos – as características do uso e desuso seriam herdadas por gerações seguintes, por exemplo: uma girafa precisa esticar o pescoço para alcançar as folhas das árvores, o seu pescoço cresce e os seus descendentes nascem já com o pescoço mais comprido.

Darwinismo

Darwinismo ou Darvinismo é um conjunto de movimentos e conceitos relacionados às ideias de Transmutação de espécies, selecção natural ou da evolução, incluindo algumas ideias sem conexão com o trabalho de Charles Darwin. A característica que mais distingue o darwinismo de todas as outras teorias é que a evolução é vista como uma função da mudança da população e não da mudança do indivíduo.
O termo foi cunhado por Thomas Henry Huxley em abril de 1860, e foi usado para descrever conceitos evolutivos, incluindo conceitos anteriores, como malthusianismo e Spencerismo. No final do século XIX passou a significar o conceito de que a seleção natural era o único mecanismo de evolução, em contraste com o Lamarckismo e o Criacionismo. Por volta de 1900 o darwinismo foi eclipsado pelo mendelismo até a síntese evolutiva moderna unificar as ideias de Darwin e Gregor Mendel. A medida que a teoria da evolução moderna se desenvolve, o termo tem sido associado às vezes com ideias específicas.

Abiogênese & Biogênese

A abiogênese (ou geração es- pontânea) é uma teoria que foi refutada ainda na Antiguidade. Ela consiste na crença de que os seres vivos poderiam ser originados a partir da matéria bruta. Por exemplo: durante muito tempo, acreditou-se que as larvas de mosca presentes em cadáveres em decomposição eram, na verdade, vermes que se originavam a partir deste tipo de material.

Grandes pensadores, como Aristóteles, Santo Agostinho, René Descartes e Isaac Newton, apesar de reconhecerem o papel da reprodução, acreditavam piamente nesta teoria e a utilizavam para explicar a origem de alguns organismos vivos.

Para eles, havia um princípio que proporcionava a apenas determinados meios a capacidade de formação de novos seres: a da força vital. Partindo deste princípio, apenas quando se houvesse condições para esta força fluir é que tal fenômeno poderia ocorrer.

Entretanto, em meados do século XVII, Francesco Redi, por meio de experimentos, demonstrou que os “vermes” presentes na carne podre eram, na verdade, larvas de moscas que “surgiam” em razão da presença dos animais adultos desta espécie no substrato em questão. Tal descoberta refutou a teoria da abiogênese até o momento em que, com o advento da microscopia, passou-se a indagar a origem dos micróbios e acreditar que tais seres só podiam ser formados por geração espontânea.

Para verificar tais indagações, outros experimentos foram feitos. Needham, por exemplo, inseriu caldos nutritivos em tubos de ensaio, aqueceu e isolou-os com rolhas. Após alguns dias, verificou a presença dos seres microscópicos – uma possível comprovação de que ocorrera o mecanismo da abiogênese. Spallanzani, 25 anos depois, repetiu tal experimento, mas fervendo a solução, por tempo considerável; e teve como resultado o não aparecimento desses organismos.

Needham argumentou que o colega havia destruído a força vital da substância e, obviamente por tal motivo, não havia vida nas amostras.

Tal ideia perdurou até que Pasteur, aproximadamente 100 anos depois, preparou líquidos nutritivos em frascos cujos gargalos foram aquecidos e moldados tal como pescoços de cisne. Aqueceu as substâncias até que saíssem vapores pelas aberturas, deixou-as esfriar e percebeu que, após vários dias, estas permaneciam sem a presença de germes.

Concluiu que estes ficaram retidos na longa curvatura do gargalo com o auxílio das gotículas de ar – funcionando tal como um filtro – e comprovou esta ideia após quebrar o “pescoço de cisne” de algumas amostras e verificar que estas passaram a apresentar estes seres diminutos, algumas horas depois.

Assim, como o líquido se contaminou após a quebra dos gargalos (não destruiu a força vital) e, além disso, este tinha contato com o ar, Pasteur conseguiu provar que a abiogênese também não se aplicava a este caso. 

História da disputa entre biogênese e biogênese, explicação de como terminou as teorias e quais delas permanece nos dias atuais.
Documentário de History Channel - A origem da vida

Evidências da evolução

  • Órgãos homólogos e órgãos análogos
      Por meio meio dos fósseis, os cientistas podem ter uma ideia de como eram os organismos que habitavam nosso planeta antigamente e que estão extintos agora. Muitos desses fósseis, embora diferentes dos seres vivos atuais, apresentam semelhanças com os organismos encontrados hoje, indicando que os organismos atuais seriam descendentes de ancestrais semelhantes a esses fósseis. O registro fóssil é o mais forte indício de que antigamente, a biodiversidade do planeta era distinta da atual, e é uma das principais evidências da ocorrência da evolução.

  • O registro fóssil
      Várias espécies têm estruturas que, embora diferentes à primeira vista e responsável por funções diversas em cada organismo, são anatômicamente semelhantes. Essas estruturas são denominadas órgãos homólogos.
      Um exemplo é a variação da forma dos membros anteriores dos mamíferos. Há mamíferos com membros anteriores adaptados para correr (como os gatos), para a natação (como as baleias e golfinhos) ou para apreender objetos (como os humanos), mas todos esses membros apresentam uma mesma estrutura óssea básica, indicando que as espécies de mamíferos, embora muito variadas, evoluíram de um ancestral comum.
      Existem também estruturas semelhantes à primeira vista e adaptadas para as mesmas funções, mas que são diferentes anatômicamente; estas são denominadas estruturas ou órgãos análogos. Um exemplo é a presença de nadadeiras em peixes e em baleias. O desenvolvimento de estruturas com a mesma função em animais tão diferentes é um testemunho da seleção natural (no caso, as condições ambientais da vida aquática) “moldando” a forma dos organismos.
      Recentemente, técnicas de genética e de bioquímica têm adicionado novos indícios em favor da evolução dos organismos, agregando evidências moleculares sobre a relação de parentesco entre eles, algo anteriormente inferido principalmente por observações morfológicas.

Evolução Biológica

 Evolutia, do latim, quer dizer movimento em espiral. 
  • Mudanças no cenário terrestre
  A Terra vem sofrendo mudanças desde sua formação, há cerca de 4,5 bilhões de anos. A temperatura da superfície diminuiu, a composição da atmosfera mudou muito, os seres vivos apareceram e evoluíram. Essa visão de que tudo muda é bastante recente. Até poucos séculos atrás, a maioria das pessoas acreditava que a Terra e todos os seres vivos teriam sido criados de uma só vez, nunca sofrendo modificação.
  Porém, nos últimos quatro séculos, os cientistas passaram cada vez mais a considerar as evidências de que muitos seres vivos que já existiram não existem mais e que outros são muito recentes, como é o caso dos próprios humanos. Essas evidências são representadas principalmente por fósseis.

  Os primeiros registros de seres vivos datam de cerca de 3,5 bilhões de anos. Os Primeiros registros dos répteis datam de mais de 300 milhões de anos e os grandes dinossauros desaparecem há aproximadamente 65 milhões de anos. A espécie humana, moderna, não tem muito mais do que 120 mil anos.